27.10.05

Dia 3/3

Me dei conta hoje, depois de um telefonema que o telefone é encarado de duas maneiras distintas pelas pessoas que vão até a galeria.
Para umas, a obra é falar ao telefone, se conectar com o artista.
Para outras, se conectar com o artista é para comentar a obra que está na galeria.
É curioso.
Acho que transito entre as duas. A galeria está linda, forte.
Mas não gosto de receber um telefone que elogia a obra, acho pouco interessante, mas respeito a vontade de algumas pessoas expressarem seu entusiasmo.

Não, o trabalho não está nem em um nem em outro. Mas não quero fazer papel de obra de arte. Quando me ligam, nem sei se a ligação vem da galeria, apenas atendo, como alguém que tivesse me ligado. Preciso esquecer da galeria agora e receber telefonemas, apenas.

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